segunda-feira, 28 de julho de 2014

Parte do livro Tratado de Microfisioterapia (III) - Cicatriz Patogênica

TRATADO PRÁTICO DE MICROFISIOTERAPIA (III)
CICATRIZ PATOGÊNICA - Daniel Grosjean
(Tradução: Adriano P. Pereira)

INTRODUÇÃO

O Tratado Prático I e II de Microfisioterapia englobam os estudos, controles e correções respectivamente do mesoblasto pelo aparelho locomotor e do tecido ectoblástico para o sistema nervoso.

De fato, as correções realizadas tanto no mesoblasto quanto no ectoblasto são definitivas e eficazes se elas forem realizadas sobre as inscrições que correspondem as etiologias primárias para cada um desses tecidos, isto quer dizer, aos traumatismos para o mesoblasto e às supraestimulações para o tecido nervoso.

Esta observação corresponde à lógica das leis imunológicas que dizem que para um organismo criar o anticorpo (mecanismo de defesa), é necessário que ele reconheça o antígeno (agressor).

Esta lei é a base da microfisioterapia onde o objetivo é reencontrar todas as etiologias responsáveis nas desordens observadas pela micropalpação.

As etiologias podem ser divididas em duas grandes categorias. As etiologias sofridas (F) pelo indivíduo e as etiologias produzidas por ele mesmo (G).

Esta obra descreve as etiologias sofridas. Se trata das agressões exteriores que vem alterar o meio interno, sem que o indivíduo possa reagir corretamente. Após a agressão, resta no organismo uma cicatriz patogênica. A palavra cicatriz em microfisioterapia tem então um sentido mais amplo que o termo utilizado fluentemente. Normalmente falamos cicatriz para designar a marca cutânea visível deixada por uma agressão. Em microfisioterapia, se trata da marca deixada por uma agressão mas ao mesmo tempo visível e invisível afetando qualquer tecido.

A maior diferença provêm do fato dessas cicatrizes serem divididas em duas categorias: as cicatrizes normais e as cicatrizes patogênicas.

Uma cicatriz normal é aquela que resulta de uma cicatrização completa, “ad integrum”, e que reconstitui o tecido permitindo-o uma função completa com ou sem marca visível. O organismo recuperou em relação a agressão inicial e não guarda nenhuma consequência negativa.

A cicatriz patogênica como seu nome indica é fonte da disfunção, do sofrimento, da doença. Nesses casos, a reação imunológica de auto-correção ou de cicatrização é feita de maneira insuficiente e incompleta. A cicatriz é então um foco perturbador das funções habituais do tecido atingido.

Esta cicatriz patogência pode ser visível ou não, em microfisioterapia, ela produz sempre uma restrição perceptível pela micropalpação enquanto a cicatriz normal não cria nenhuma modificação perceptível manualmente.

O objetivo desta obra é dar as chaves de leitura para encontrar essas cicatrizes patogências, fazer a ligação dessas etiologias e orientar como proceder para as correções.

De fato, é muito difícil rastrear a cicatriz patogência em relação a etiologia, porque essas cicatrizes podem muito bem serem ignoradas pelo paciente, inscritos nos órgãos profundos, pouco acessíveis pela palpação e às vezes a distância das regiões dolorosas. Ao contrário, as observações mostram que cada etiologia se inscreve sobre as regiões diferentes e que o corpo guarda assim essas memórias teciduais, uma marca do que aconteceu.

Os mapas embriológicos permitem então controlar facilmente as diferentes etiologias possíveis e encontrar as agressões não eliminadas segundo suas origens.

Sarl BENINI-GROSJEAN - Maisonville

Pont à Mousson
19 de julho de 1997

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Infográfico


Microfisioterapia

MICROFISIOTERAPIA

1) O QUE É?

Técnica francesa, originalmente chamada de MICROKINESITHERAPIE foi elaborada por Patrice BÉNINI e Daniel GROSJEAN.
Tem função de restaurar a vitalidade dos tecidos do corpo que foram afetados por traumas, seja uma torção, infecção por vírus ou um choque emocional. Permite ao organismo limpar as informações negativas que guardou na memória corporal por tantos anos. Seus princípios de auto-cura são semelhantes aos da homeopatia e é um método que vem complementar a medicina tradicional.
Atualmente cerca de 5.000 microfisioterapeutas atuam na Europa, a maioria na França, Bélgica e Rússia. No Brasil, a técnica começou a ser difundida em 2005, tratando-se de um curso de extensão para fisioterapeutas, com duração de 2 anos.

2) COMO É A SESSÃO?

Após uma anamnese (entrevista a respeito de queixas e disfunções que o paciente sofre) e uma avaliação cinesiofuncional, o terapeuta pede ao paciente para se deitar na maca com suas pernas levemente flexionadas.
Então, guiado por “mapas” desenvolvidos pelos criadores da microfisioterapia, o fisioterapeuta palpa os lugares específicos, procurando as restrições (causas não eliminadas) a serem liberadas.
Essa palpação é feita de várias maneiras: pressão, toque, rotação, aspiração etc. Assim, quando a restrição aparece entre as mãos do terapeuta, ele a estimula com um dos gestos metodológicos, reinformando, então, a organização do ocorrido, permitindo-lhe reagir a esse evento, de maneira a se “livrar” dessa memória celular.
Como o corpo foi estimulado a eliminar os agentes agressores, poderão surgir reações físicas e/ou emocionais, geralmente sutis, muitas vezes imperceptíveis, que devem desaparecer em dias ou semanas. A duração de cada sessão pode variar de 60 a 90 minutos, depois da sessão, é preciso um tempo para o corpo se autocorrigir.
É mais ou menos como quando se fratura um osso: espera-se um tempo para a correção do problema, depois que se engessa a área fraturada. Assim, o intervalo entre as sessões deve ser, aproximadamente, de 30 a 60 dias. Depois desse intervalo, o paciente passa por nova avaliação e, se necessário, é submetido a outras sessões, que também podem ser feitas de forma preventiva.

3) INDICAÇÕES

A microfisioterapia é indicada, dentre outros, nos casos de:

· Síndrome do pânico
· Depressão bipolar
· Alergias em geral
· Rinites
· Dores físicas (lombalgias, ciatalgias, cervicalgias, hérnias discais, entre outras)
· Traumas físicos (torções, luxações, acidentes de automóveis, entre outros);
· Traumas emocionais (perdas de pessoas queridas, rejeições, depressões, assaltos, entre outros);
· Fibromialgia;
· Ansiedade;
· Fobias;
· Problemas escolares (dificuldade de aprendizagem);
· Falta de atenção e concentração;
· Hiperatividade;
· Agressividade.

A microfisioterapia não se opõe à medicina de emergência (drogas, cirurgias etc.), uma vez que não age diretamente no sintoma como um remédio de emergência, mas, sim, em sua causa, por isso os dois procedimentos são complementares. Pode ser realizada em qualquer idade: em recém-nascidos portadores ou não de necessidades especiais – jovens, adultos e idosos; em esportistas.

4) HÁ REAÇÕES APÓS A SESSÃO?

O trabalho que o corpo inicia geralmente provoca um ligeiro cansaço durante 1 ou 2 dias. Por isso, é indicado que o paciente descanse após a sessão. Para que se minimize o cansaço e facilite o trabalho de eliminação é aconselhável beber de 1,5 a 2 litros de água por dia. São comuns sintomas físicos como diarreia, vômitos, febre, reações emocionais por 1 ou 2 dias. Isso acontece em decorrência da eliminação das memórias agressoras, portanto, beba muita água, descanse e deixe o sistema imunológico agir com o mínimo de interferência.