sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Microfisioterapia em crianças

Microfisioterapia em crianças

As doenças e transtornos que têm origem nas emoções e traumas vividos ao longo da vida não são exclusividades dos adultos. Crianças também sofrem com os acontecimentos pelos quais passam – por vezes até desde o ventre materno.

Esses traumas podem se refletir em alergias, insônia, irritabilidade, dificuldade de aprendizado e até depressão. Tendo origem emocional, os medicamentos e tratamentos convencionais conseguem atuar no alívio dos sintomas, mas não atingem o resultado esperado de cura. Quando isso acontece, há tratamentos alternativos que podem se somar ao tradicional em busca do bem-estar infantil, atuando na causa primária da doença em questão.

A microfisioterapia é uma das técnicas. Por meio de leves toques, o fisioterapeuta habilitado identifica os locais onde as células foram afetadas no corpo e passaram a provocar sintomas. O local é também um indicativo do tipo de trauma sofrido e quando ele ocorreu, ajudando a criança a superar o problema e voltar a ter um organismo saudável que funciona como uma máquina bem regulada.

Costumamos comparar a técnica a um mapa – da mesma forma que ele nos orienta pelas ruas, cidades e países, a microfisioterapia usa das células do nosso corpo como um mapa que indica onde há deficiências. Não há contraindicação e o procedimento não é invasivo, sendo bem aceito entre os pequenos. O resultado é o caminho da cura bem guiado pelo mapa que carregamos em nosso próprio corpo.

Fonte: Instituto Salgado de Saúde Integral

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O Cortisol e o estresse



Estresse: O Mal do Século

Entenda por que o estresse pode deixar a pele flácida, diminuir o desejo sexual e ainda prejudicar a perda de peso.

A edição no 89 da Revista Vegetarianos publicou esta matéria onde você irá entender as consequências da elevação do nível de cortisol, um dos hormônios ligados ao estresse.

Cortisol a sua disposição.

O cortisol é um hormônio que o corpo usa para lidar com o que é difícil. Assim, em um momento de dificuldade, ele se eleva. Na fase inicial do estresse, o cortisol está elevado e a pessoa tem a sensação que dá conta de tudo, pois há energia, disposição. Conforme o tempo passa e o fator desencadeante do estresse não desaparece, ou seja, o corpo e a mente precisam se manter armados para tolerar a agressão, a produção de cortisol se altera. Assim, em condições normais, o cortisol é mais alto pela manhã e mais baixo no final do dia. Por isso, temos mais energia e vigor pela manhã e a vontade de nos recolhermos no final do dia.

Mas no estresse crônico, o cortisol é reduzido pela manhã e aumentado no final do dia. Assim, a pessoa acorda com dificuldade e à noite se sente melhor, ativa e pronta para produzir. Se você está assim, tome cuidado, pois essa condição já indica cronicidade da situação. E em um estado mais avançado, o cortisol fica baixo o tempo todo. A pessoa acorda, passa o dia e vai dormir cansada.

O que o estresse faz com o corpo?

Resumidamente, acaba com o corpo. Estresse agudo é a proteção, mas prolongado é destruição. Há várias possibilidades de se abordar a química do estresse, mas é preciso entender bem o cortisol, inclusive a consequência de seus níveis elevados.

Tristeza e sono

O cortisol reduz a serotonina, que é o neurotransmissor ligado à sensação de alegria, bem-estar, plenitude e saciedade. Serotonina em níveis ótimos reduz a sensação de dor. Assim, quando a serotonina é reduzida, a vida fica cinza, a pessoa fica triste e o corpo mais sensível à dor. Reduzindo a serotonina, pode ocorrer aumento de outro neurotransmissor: a dopamina. Ela aumenta a sensação de ansiedade. Há inquietação e dificuldade de pegar no sono, pois a mente não desliga.

Reduzindo a serotonina, ocorre redução da melatonina, que é um elemento que sustenta o nosso sono. A pessoa acorda picado a noite toda. E quando a situação fica mais acentuada, o sono termina antes do horário de acordar e mesmo com sono, cansada, podendo dormir mais, a pessoa não consegue.

Em grande parte dos casos, a alteração do sono é o que a pessoa percebe estar errado, mas não entende que isso tende a estar correlacionado, ao estresse crônico, ou seja, o que ela vive (ou deixa de viver) durante o dia.

A composição corporal

O cortisol dificulta a entrada da glicose nas células e ela se eleva no sangue. A insulina sobe. Tudo isso favorece o acúmulo de gordura abdominal e gordura no fígado. O cortisol favorece à destruição de massa muscular. Assim, perdemos massa muscular e ganhamos barriga.

Os hormônios sexuais são alterados

Ocorre redução da testosterona e aumento dos estrogênios. Isso leva a redução de massa muscular e ganho de gordura. Na menopausa ficam acentuados. Nessa fase, os ovários - que produziam os hormônios sexuais - deixam de funcionar. Os precursores de hormônios sexuais são produzidos todos pela glândula adrenal. E como essa glândula é a que produz o cortisol, necessitando dele, todos os demais hormônios se reduzem. A elevação do cortisol, reduzindo os hormônios masculinos levam a redução de líbido.

A pele envelhece

Toda estrutura de sustentação da pele é acometida pelo cortisol. A flacidez e perda de tônus ocorrem durante o estresse. Não adianta se iludir com suplementos de colágeno e nem shakes, pois o cortisol é imperativo sobre a saúde da pele.

Os hormônios tireoidianos

A tireoide produz dois hormônios que têm relação direta com metabolismo: T4 e T3. O cortisol altera a conversão do T4 em T3, que é a forma mais ativa do hormônio, e com isso pode ocorrer um aumento do trabalho da tireoide, ou mesmo dificuldade em corrigir níveis alterados de hormônio tireoidiano.

Os neurônios sofrem

O cortisol agride os neurônios cerebrais nos seus dendritos e com isso afeta as sinapses. Por isso, o estresse "emburrece". A dinâmica cerebral fica alterada, o raciocínio lento.

Esquecimento

A memória recente é afetada pela elevação do cortisol. Assim, o estresse é um dos motivos que leva as pessoas a se queixarem de perda de memória ou de memória fraca.

O sistema imunológico

Como o cortisol modula o sistema imunológico do corpo, há alteração quando ele fica elevado. Assim, vale à pena lembrar que mais importante do que o fato ocorrido é a importância e o significado que nós damos a ele.


Fonte: Revista dos Vegetarianos - Ano 8 - Edição 89.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Parte do livro Tratado de Microfisioterapia (III) - Cicatriz Patogênica

TRATADO PRÁTICO DE MICROFISIOTERAPIA (III)
CICATRIZ PATOGÊNICA - Daniel Grosjean
(Tradução: Adriano P. Pereira)

INTRODUÇÃO

O Tratado Prático I e II de Microfisioterapia englobam os estudos, controles e correções respectivamente do mesoblasto pelo aparelho locomotor e do tecido ectoblástico para o sistema nervoso.

De fato, as correções realizadas tanto no mesoblasto quanto no ectoblasto são definitivas e eficazes se elas forem realizadas sobre as inscrições que correspondem as etiologias primárias para cada um desses tecidos, isto quer dizer, aos traumatismos para o mesoblasto e às supraestimulações para o tecido nervoso.

Esta observação corresponde à lógica das leis imunológicas que dizem que para um organismo criar o anticorpo (mecanismo de defesa), é necessário que ele reconheça o antígeno (agressor).

Esta lei é a base da microfisioterapia onde o objetivo é reencontrar todas as etiologias responsáveis nas desordens observadas pela micropalpação.

As etiologias podem ser divididas em duas grandes categorias. As etiologias sofridas (F) pelo indivíduo e as etiologias produzidas por ele mesmo (G).

Esta obra descreve as etiologias sofridas. Se trata das agressões exteriores que vem alterar o meio interno, sem que o indivíduo possa reagir corretamente. Após a agressão, resta no organismo uma cicatriz patogênica. A palavra cicatriz em microfisioterapia tem então um sentido mais amplo que o termo utilizado fluentemente. Normalmente falamos cicatriz para designar a marca cutânea visível deixada por uma agressão. Em microfisioterapia, se trata da marca deixada por uma agressão mas ao mesmo tempo visível e invisível afetando qualquer tecido.

A maior diferença provêm do fato dessas cicatrizes serem divididas em duas categorias: as cicatrizes normais e as cicatrizes patogênicas.

Uma cicatriz normal é aquela que resulta de uma cicatrização completa, “ad integrum”, e que reconstitui o tecido permitindo-o uma função completa com ou sem marca visível. O organismo recuperou em relação a agressão inicial e não guarda nenhuma consequência negativa.

A cicatriz patogênica como seu nome indica é fonte da disfunção, do sofrimento, da doença. Nesses casos, a reação imunológica de auto-correção ou de cicatrização é feita de maneira insuficiente e incompleta. A cicatriz é então um foco perturbador das funções habituais do tecido atingido.

Esta cicatriz patogência pode ser visível ou não, em microfisioterapia, ela produz sempre uma restrição perceptível pela micropalpação enquanto a cicatriz normal não cria nenhuma modificação perceptível manualmente.

O objetivo desta obra é dar as chaves de leitura para encontrar essas cicatrizes patogências, fazer a ligação dessas etiologias e orientar como proceder para as correções.

De fato, é muito difícil rastrear a cicatriz patogência em relação a etiologia, porque essas cicatrizes podem muito bem serem ignoradas pelo paciente, inscritos nos órgãos profundos, pouco acessíveis pela palpação e às vezes a distância das regiões dolorosas. Ao contrário, as observações mostram que cada etiologia se inscreve sobre as regiões diferentes e que o corpo guarda assim essas memórias teciduais, uma marca do que aconteceu.

Os mapas embriológicos permitem então controlar facilmente as diferentes etiologias possíveis e encontrar as agressões não eliminadas segundo suas origens.

Sarl BENINI-GROSJEAN - Maisonville

Pont à Mousson
19 de julho de 1997

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Infográfico


Microfisioterapia

MICROFISIOTERAPIA

1) O QUE É?

Técnica francesa, originalmente chamada de MICROKINESITHERAPIE foi elaborada por Patrice BÉNINI e Daniel GROSJEAN.
Tem função de restaurar a vitalidade dos tecidos do corpo que foram afetados por traumas, seja uma torção, infecção por vírus ou um choque emocional. Permite ao organismo limpar as informações negativas que guardou na memória corporal por tantos anos. Seus princípios de auto-cura são semelhantes aos da homeopatia e é um método que vem complementar a medicina tradicional.
Atualmente cerca de 5.000 microfisioterapeutas atuam na Europa, a maioria na França, Bélgica e Rússia. No Brasil, a técnica começou a ser difundida em 2005, tratando-se de um curso de extensão para fisioterapeutas, com duração de 2 anos.

2) COMO É A SESSÃO?

Após uma anamnese (entrevista a respeito de queixas e disfunções que o paciente sofre) e uma avaliação cinesiofuncional, o terapeuta pede ao paciente para se deitar na maca com suas pernas levemente flexionadas.
Então, guiado por “mapas” desenvolvidos pelos criadores da microfisioterapia, o fisioterapeuta palpa os lugares específicos, procurando as restrições (causas não eliminadas) a serem liberadas.
Essa palpação é feita de várias maneiras: pressão, toque, rotação, aspiração etc. Assim, quando a restrição aparece entre as mãos do terapeuta, ele a estimula com um dos gestos metodológicos, reinformando, então, a organização do ocorrido, permitindo-lhe reagir a esse evento, de maneira a se “livrar” dessa memória celular.
Como o corpo foi estimulado a eliminar os agentes agressores, poderão surgir reações físicas e/ou emocionais, geralmente sutis, muitas vezes imperceptíveis, que devem desaparecer em dias ou semanas. A duração de cada sessão pode variar de 60 a 90 minutos, depois da sessão, é preciso um tempo para o corpo se autocorrigir.
É mais ou menos como quando se fratura um osso: espera-se um tempo para a correção do problema, depois que se engessa a área fraturada. Assim, o intervalo entre as sessões deve ser, aproximadamente, de 30 a 60 dias. Depois desse intervalo, o paciente passa por nova avaliação e, se necessário, é submetido a outras sessões, que também podem ser feitas de forma preventiva.

3) INDICAÇÕES

A microfisioterapia é indicada, dentre outros, nos casos de:

· Síndrome do pânico
· Depressão bipolar
· Alergias em geral
· Rinites
· Dores físicas (lombalgias, ciatalgias, cervicalgias, hérnias discais, entre outras)
· Traumas físicos (torções, luxações, acidentes de automóveis, entre outros);
· Traumas emocionais (perdas de pessoas queridas, rejeições, depressões, assaltos, entre outros);
· Fibromialgia;
· Ansiedade;
· Fobias;
· Problemas escolares (dificuldade de aprendizagem);
· Falta de atenção e concentração;
· Hiperatividade;
· Agressividade.

A microfisioterapia não se opõe à medicina de emergência (drogas, cirurgias etc.), uma vez que não age diretamente no sintoma como um remédio de emergência, mas, sim, em sua causa, por isso os dois procedimentos são complementares. Pode ser realizada em qualquer idade: em recém-nascidos portadores ou não de necessidades especiais – jovens, adultos e idosos; em esportistas.

4) HÁ REAÇÕES APÓS A SESSÃO?

O trabalho que o corpo inicia geralmente provoca um ligeiro cansaço durante 1 ou 2 dias. Por isso, é indicado que o paciente descanse após a sessão. Para que se minimize o cansaço e facilite o trabalho de eliminação é aconselhável beber de 1,5 a 2 litros de água por dia. São comuns sintomas físicos como diarreia, vômitos, febre, reações emocionais por 1 ou 2 dias. Isso acontece em decorrência da eliminação das memórias agressoras, portanto, beba muita água, descanse e deixe o sistema imunológico agir com o mínimo de interferência.